A importância dos revestimentos de base cimentícia na construção não se restringe somente ao acabamento final, mas tem de ser cada vez mais abrangente, devendo proporcionar além de acabamentos estéticos e decorativos outras funcionalidades, como melhoria da eficiência energética global da construção, ao nível da capacidade de isolamento térmico, absorção de calor, irradiação solar, armazenagem de calor, aquecimento e sensorização. Essas novas funcionalidades, associadas à utilização de componentes e matérias-primas mais sustentáveis, e com menores pegadas de carbono, irão contribuir de forma significativa para o desempenho global, ao longo do ciclo de vida do edifício, isto é, na fase de construção, utilização e reciclagem. Nesta palestra, serão abordados os últimos desenvolvimentos na área das novas funcionalidades das argamassas, bem como será discutido o impacto que as mesmas podem constituir no desempenho global de um edifício.

Uma questão que nos pode assolar frequentemente é se argamassas contemporâneas à base de cimento ou de cal hidráulica serão materiais de construção sustentáveis e o que poderemos fazer para os tornar eventualmente ainda mais sustentáveis. O ligante mais utilizado para a produção de argamassas, hoje em dia, é o cimento Portland que, como se sabe, é pouco sustentável. Em Portugal, no Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade – Itecons, tem-se investigado bastante no sentido de desenvolver argamassas inovadoras e mais sustentáveis. Tem-se analisado a viabilidade da introdução de resíduos diversos que, por um lado, ao substituírem parcialmente o ligante ou o agregado contribuem para a sustentabilidade das argamassas e, por outro lado, podem contribuir para a melhoria de algumas das suas propriedades.

Ensaios “prescritivos”/de caracterização x ensaios de desempenho;

• Normas NBR 13281 e NBR 15575;
  
• A importância do revestimento e da argamassa de assentamento no desempenho de paredes;
  
• Consumidor final: o comprador da unidade habitacional;
  
• FADs: as visões de caracterização de produtos, formas de execução e do desempenho do elemento/sistema construtivo;
  
• A Rede de Serviços de Desempenho Habitacional:
  
  • Objetivos;
    
  • Integrantes e capacitações;
    
  • Serviços Ofertados;
    
  • Extensionismo para desenvolvimento de produtos.